terça-feira, 13 de março de 2007

Responsabilidade social e marketing

Pessoal, como este é o primeiro post, trouxe aqui um artigo que eu já tinha pronto para estrear o nosso blog. Fala sobre um tema que está sendo bastante difundido por parte da classe empresarial, especialmente das grandes empresas.
Procuro mostrar que praticar responsabilidade social não é tão simples e que exige muita "responsabilidade". Também fazendo uma ligação que a mesma tem com o marketing:

Os consumidores estão cada vez mais exigentes: agem agora com mais consciência e seletividade. Agora não querem mais só preço, qualidade e bom atendimento. Já é sensível a crescente cobrança da sociedade por atitudes mais éticas em todos os sentidos, inclusive nas práticas mercadológicas. E esta é uma tendência que veio para ficar.


O conceito de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) começou a ser praticado no Brasil na década de 90 e sugere que as empresas devam agir de forma ética e participar ativamente do desenvolvimento das comunidades onde estão inseridas, promovendo o desenvolvimento da cidadania e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas envolvidas (os chamados stakeholders). A RSE tornou-se, comprovadamente um fator de avaliação e preferência para investidores e consumidores – um diferencial.


Segundo pesquisas do Instituto Ethos – a principal entidade no assunto no Brasil -, os consumidores esperam que as empresas tenham um comportamento ético e garantam a saúde e um tratamento justo dos trabalhadores. Para 86% do grupo denominado “formadores de opinião”, as atividades de uma empresa socialmente responsável "devem ir além do que as leis exigem". Para 83% deles, "as empresas deveriam ter a responsabilidade de ajudar a reduzir a distância entre ricos e pobres".

A pesquisa aponta também para a tendência, observada desde o primeiro ano de sua aplicação, de que atitudes éticas e de responsabilidade social de uma empresa estimulam o consumidor a dar preferência aos seus produtos e a recomendá-los a seus amigos.


É importante diferenciar a RSE de práticas como ações sociais e filantropia. Nestas, não há um compromisso social, como o termo “responsabilidade” já diz. Segundo o Ethos, só existe a RSE de fato quando “há uma relação ética e transparente da organização com todas as suas partes interessadas, visando o desenvolvimento sustentável”. Só assim uma empresa pode se auto-intitular como “socialmente responsável”.


O grifo desenvolvimento sustentável é para lembrar de que a responsabilidade social tem um objetivo. Trazer para a empresa estabilidade, competitividade, satisfação do cliente, ambiente interno e externo saudáveis, entre outros benefícios.

A prática de responsabilidade social deve ainda fazer parte da missão e da filosofia de trabalhado das empresas. A partir daí sim, elas podem, e devem, utilizar estratégias de marketing e de comunicação para valorizar a sua marca através dos benefícios que estas práticas agregam.